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O Autismo e a Terapia ABA

Autismo ou Transtorno do Espectro Autista - TEA - é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por déficit na comunicação e interação social, envolvendo comportamentos restritos e repetitivos. Essas desordens do desenvolvimento neurológico estão presentes desde o nascimento ou no início da infância. Todo indivíduo com autismo partilha estas dificuldades em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares e exigindo assim, uma conduta terapêutica individualizada.



A terapia visa melhorar as habilidades sociais, comunicativas, adaptativas e organizacionais. As evidências científicas destacam a terapia ABA no tratamento aos indivíduos com TEA. Programas baseados na ABA são atualmente vistos como tratamentos de primeira linha para o autismo, com resultados significativos na melhoria do desempenho cognitivo, habilidades linguísticas e comportamento adaptativo.

A ABA trabalha os princípios da aprendizagem operante para incentivar a reprodução de comportamentos positivos e a aquisição de novas habilidades por meio de práticas intensas e reforço direcionado.

É preciso saber escolher um profissional que tenha conhecimento e qualificação nessa ciência ABA. Uma intervenção ABA deve ser feita por uma equipe capacitada e treinada. Deve ser planejada, individualizada e atender às necessidades de cada criança. É priorizando o indivíduo como um ser único que estruturamos nosso ambiente de terapia para intervir com essa criança e promover mudanças generalizadas, caso contrário o paciente irá automatizar comportamentos apenas em situações de terapia e não estenderá a aprendizagem a outros ambientes.

A verdadeira terapia ABA não ensina a criança a decorar respostas. A “robotização” ou automatização de comportamentos é apenas o reflexo de uma dificuldade em generalizar o que foi aprendido, ou seja, em utilizar as novas habilidades em outros ambientes, com diferentes pessoas.

A ABA também não é a terapia de “mesinha”. A “tal” mesinha de ensino é apenas uma das formas de intervenção em ABA. Esse arranjo de ensino, o qual chamamos DTT, exige um ambiente mais rígido, controlado e pode ser estabelecido logo no início da terapia, principalmente àquelas crianças com pouco repertório, com dificuldades em observar o outro e em compartilhar a atenção.

Porém, o que é importante dizer aqui, é que esse tipo de ensino de “mesinha” também pode ser aplicado no chão, terapeuta e criança sentados em um tapete, num momento de brincadeira, com um brinquedo do agrado dela. Essa estratégia é fundamental para se trabalhar a generalização de habilidades e a iniciativa da criança para fazer pedidos, ou seja, expressar seus desejos.

Um programa de ensino ABA pode ocorrer em um ambiente menos estruturado e mais natural; um arranjo de ensino que priorize o interesse da criança, ocorrendo naturalmente nas interações entre adulto e criança. Esse tipo de ensino é guiado pela motivação da criança onde o terapeuta irá seguir o interesse dela e, pelo brincar, ele aplicará uma demanda de ensino.

Nada mais é do que aproveitar os momentos que a criança está motivada na brincadeira, para apresentar a ela uma tentativa de ensino de uma habilidade, de maneira que esta gere uma resposta da criança que traga como consequência o seu item preferido. É nesse ensino mais natural, também chamado Naturalístico, que aumentamos as chances da criança generalizar seu aprendizado para situações cotidianas. Planejamos e criamos situações de ensino muito próximas ao ambiente natural para garantir que a generalização de habilidades aconteça, e ela usará seu repertório aprendido em outros ambientes, em casa, com os avós, na escola, com seus pares...

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