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Por que alguns bebês se atrasam para falar?

Atualizado: 10 de jun. de 2020

A fonoaudiologia é uma área da saúde que trabalha os distúrbios da comunicação humana. Vale lembrar que quando falamos em comunicação, pensamos em diálogo que pressupõe um falante e um ouvinte. Daí a importância de começarmos a repensar o papel dos pais no desenvolvimento da linguagem da criança.




A linguagem é uma característica própria do ser humano e inicia-se na vida intrauterina, momento em que a mãe estabelece uma relação com o bebê que, por sua vez, sente e reage aos estímulos externos (músicas, conversas da mãe e sons diversos).

Segundo, Jean Piaget, a linguagem está em constante evolução, ligada ao desenvolvimento cognitivo (inteligência) e que depende da prontidão biológica, do desenvolvimento físico e da interação com o meio. Essa interação, que a princípio consiste na relação mãe-bebê (evidenciada por uma conduta acolhedora, afetuosa e protetora por parte da mãe) é de extrema importância para o desenvolvimento da linguagem.

Piaget ainda afirma que o bebê, desde os primeiros dias de vida, precisa receber estimulação visual, auditiva e tátil e devendo ter uma variedade de objetos para manipular.

O bebê, mesmo ainda não falando, comunica-se através do olhar, do choro, do sorriso, expressões essas as quais a mãe facilmente identifica e corresponde de alguma forma, quer seja com outro sorriso, carícias, palavras ou ações. O choro é a primeira e mais importante expressão do bebê, pois é através dele que são transmitidos seus sentimentos de dor, medo, fome ou sono.

A relação pela qual a mãe supre os desejos e necessidades de seu bebê é a base para o desenvolvimento da linguagem. Esse vínculo que se estabelece também faz com que a criança se sinta amada e segura, contribuindo para o seu desenvolvimento emocional.

Quando não há comprometimento no desenvolvimento motor ou cognitivo, parte dos atrasos na expressão oral tem sua origem em fatores psicológicos ou sociais: falta de interação da mãe com o bebê, pobreza de estímulos do meio, ou seja, ambientes que não valorizam trocas comunicativas, onde há precariedade na qualidade das relações sociais e falta de disponibilidade do adulto para com a criança. É de fundamental importância, ainda, que os pais demonstrem que acreditam e respeitam a individualidade de seu filho, ajudando-o na autoestima e no seu desenvolvimento global.

As crianças gostam de compartilhar momentos de diversão e de experiências novas. Daí a importância da participação dos pais nas atividades lúdicas e recreativas, onde constantemente a criança sentirá a necessidade de expressar-se, desenvolvendo, dessa forma, a linguagem.

Nesse processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem, é comum que a criança erre alguns sons em sua fala e é frequente que os pais procurem corrigi-la. Vale ressaltar que esses erros fazem parte do processo de construção da linguagem.

Essa cobrança dos pais em relação aos erros na fala pode gerar insegurança, frustração e ansiedade na criança pois esta percebe que não consegue corresponder às expectativas dos mesmos. Nesta situação, é de suma importância que os pais tenham consciência das dificuldades da criança e assumam uma postura acolhedora, ao mesmo tempo que séria e, sobretudo, de muita responsabilidade; diante dos erros da fala da criança, devem dizer a forma correta da palavra com voz clara, sem tom de repreensão e sem demarcar o erro, que pode desaparecer espontaneamente.

Se os erros na fala persistirem, os pais devem procurar ajuda de um profissional especializado, para que os problemas não se agravem. As alterações no desenvolvimento da fala podem ser diagnosticadas desde cedo, por volta dos dois anos de idade e devem ser tratadas precocemente com a ajuda de um fonoaudiólogo.



As primeiras palavras


Aproximadamente aos 6 meses de idade, o bebê começa a perceber seus sons e passa a brincar com os mesmos. Nessa fase, é de extrema importância que os pais dêem atenção a esses balbucios, repetindo-os e estimulando a linguagem. Bebês cujos pais conversam com eles, mostram um desenvolvimento mais rápido para a aquisição da linguagem.

As primeiras palavras ou monossílabos tendem a aparecer por volta dos 12 meses de idade e as frases são comuns ocorrerem aos 18 e 24 meses. Isto não é regra, pois existem variações dependendo do bebê. Entre 2 e 3 anos espera-se um vasto vocabulário de 200 à 450 palavras e aos 4 anos uma articulação precisa, sem erros fonéticos.


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