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Você sabe o que é dislexia?

Atualizado: 10 de jun. de 2020

Tachadas de preguiçosas, desatentas ou bagunceiras na escola, na verdade, muitas crianças sofrem de um distúrbio de leitura que, além de prejudicar ou mesmo impedir a alfabetização, pode provocar sérios problemas emocionais.





Segundo Gass (1994), a dislexia é uma dificuldade de aprendizagem da leitura em indivíduos que não apresentam enfermidade sensorial ou motriz aparente e em que o nível intelectual não está comprometido. As dificuldades estão relacionadas na identificação, compreensão e interpretação dos símbolos gráficos.

Alguns fatores de riscos podem ser predeterminantes para a dislexia logo no início da alfabetização ( aos 6, 7 anos) como dificuldades para reconhecer letras e números. O disléxico costuma trocar letras quando escreve ou lê, pula sílabas, palavras ou mesmo letras e a habilidade para interpretar ou compreender um texto passa a ser uma missão quase impossível.

Vale lembrar que existem vários graus de dislexia. Há crianças que costumam trocar apenas uma letra por outra, enquanto outras chegam a não conseguir aprender a ler em função disso. De qualquer forma, o diagnóstico é feito por exclusão. Assim, tão logo a criança apresenta dificuldades escolares, seja de comportamento ou em relação aos conteúdos, é bom que pais e professores fiquem atentos e iniciem uma investigação em busca das causas. Importante nesse caso é realizar uma boa avaliação clínica para se chegar ao diagnóstico e iniciar o tratamento o mais cedo possível. A terapia fonoaudiológica é a indicada para os quadros de dislexia e o fonoaudiólogo irá trabalhar juntamente com a escola, orientando mudanças e adaptações curriculares, frente ao aprendizado do aluno disléxico.

Até hoje, ninguém sabe ao certo suas causas. Acredita-se que isso seja causa da herança genética. É importante deixar claro que a criança com dislexia não apresenta lesão cerebral. O que acontece é uma dificuldade no amadurecimento do cérebro, ou seja, a capacidade de aprender a ler e escrever que deveria ser desenvolvida por volta dos 7 anos, acaba não acontecendo.

Falta de concentração, de atenção, de interesse e agitação podem aparecer como sequelas deixadas pelas dificuldades de leitura do disléxico. Afinal, ser taxada de “atrasada”, “rebelde” ou até “preguiçosa”, vai minando a segurança e a autoestima de qualquer pessoa. O diagnóstico precoce é importante para evitar sequelas emocionais.

A dislexia tem tratamento. A criança poderá ler e escrever. É claro que, quanto antes o distúrbio for detectado, melhor. Se você suspeita que seu filho possa ter dislexia, procure um fonoaudiólogo.


Como prevenir


Para evitar que uma possível dislexia se instale é preciso que a família esteja atenta a todo o desenvolvimento da criança e que o professor verifique a ocorrência de qualquer alteração em sala de aula.

Vale ressaltar que a escrita é o resultado do desenvolvimento da criança como um todo e de um processo de estimulação que se inicia em casa, muito antes da escolarização.

A primeira estimulação refere-se a produção adequada da fala. É importante conversar corretamente com a criança e incentivar sua elaboração oral, pedindo para que conte o que vivenciou. Crianças que apresentam boa articulação, conseguem associar melhor letra-som na hora de escrever.

O hábito de leitura deve ser criado desde cedo. Materiais escritos e jogos pedagógicos devem ser oferecidos à criança. Lendo para seus filhos, os pais estarão criando o gosto pela leitura. O material pode variar do gibi ao livro de contos. Valorizando o desenvolvimento da leitura e escrita desde a tenra idade, os pais estão ajudando seus filhos no processo da alfabetização.


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